Poesia metálica. A voz de Medeiros e a guitarra de Lucas

Dois açorianos, um da Terceira a viver em São Miguel, outro do Faial, a viver em Copenhaga. A dupla Medeiros/Lucas lança o primeiro vinil e apresenta-se dia 19 no MusicBox, em Lisboa
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A voz de Carlos Medeiros. Serena e forte. Parece que só as palavras ditas por ele servem para definir este timbre que é o caminho, o serpentear de Mar Aberto, o disco de estreia da dupla Medeiros/Lucas, que chega no início do próximo mês às lojas. Pedro Lucas assume que todo o trabalho é "baseado na voz do Carlos, é ela o centro para onde tudo se dirige." Ainda que Lucas toque a guitarra elétrica e junte a este trabalho sintetizadores e percussão, há em tudo uma harmonia. A voz ora anda de baloiço, ora vai num tapete voador. No fundo é poesia. Doce poesia metálica.

Lucas, 29 anos, descobriu Medeiros, 59, através de um disco deste, que os amigos lhe apresentaram "ainda vivia nos Açores", O Cantar Na M'Incomoda (1998). "Em cima" do álbum de Carlos construiu O Experimentar Na M'incomoda (2010 e 2012). Uma abordagem ao cancioneiro tradicional - que Carlos fazia do princípio ao fim, no seu Cantar, mais ancorado em instrumentos tradicionais, como a viola da terra e a harmónica, também há chocalhos - aqui com remisturas eletrónicas.

Mar Aberto apresenta-se ao vivo no MusicBox, em Lisboa, no dia 19. Depois no Teatro Faialense, na Horta, a 27, um dia depois no Festival Tremor, em Ponta Delgada.

Veja aqui o vídeo de Canção do Mar Aberto, single de estreia do disco, realizado por Gonçalo Tocha

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