Umaro Sissoco Embalo, de etnia fula, acusou Alpha Condé, de etnia mandinga, de não gostar dele por causa da sua etnia, tendo acusado o Presidente da Guiné-Conacri de parcialidade na mediação da crise na Guiné-Bissau..O Presidente da Guiné-Conacri foi nomeado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) mediador para ajudar a ultrapassar o impasse político guineense..O primeiro-ministro guineense considerou que a mediação de.Alpha Condé estava a ser parcial e chegou a admitir a possibilidade de solicitar a sua substituição. ."Como sabem, tínhamos umas relações frias com o Presidente Alpha Condé, mas hoje voltamos a aquecer as nossas relações", afirmou o primeiro-ministro guineense em Bissau, depois de uma visita de algumas horas a Conacri..Em declarações aos jornalistas no aeroporto de Bissau, Umaro Embaló afirmou que ficou tudo esclarecido com Alpha Condé.."A Guiné-Bissau é um Estado como qualquer outro Estado", defendeu Embalo, pedindo os guineenses para encontrarem as soluções para os problemas do país "sem arrogância"..Quanto à legitimidade do seu Governo, contestada por vários partidos, o primeiro-ministro considerou que apenas o tribunal poderá determinar uma posição definitiva sobre o assunto ou então o Parlamento..O atual Governo da Guiné-Bissau não tem o apoio do partido que ganhou as eleições com maioria absoluta e o impasse político tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem a um consenso para a aplicação do Acordo de Conacri..O Acordo de Conacri, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, entre outros pontos.