PM da Malásia: "Não podemos aceitar casamentos LGBT"
"Na Malásia há coisas que não podemos aceitar, mesmo que sejam vistas como direitos humanos nos países do Ocidente", disse aos jornalistas o primeiro-ministro enquanto aumentam as perseguições à comunidade LGBT (Lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) naquele país de maioria muçulmana.
Mahathir Mohamad, de 93 anos, foi perentório: "Não podemos aceitar casamentos LGBT casamento entre homens e homens e mulheres e mulheres." Recentemente duas mulheres foram vergastadas por "tentarem sexo lésbico" em Terengganu, um estado conservador do leste do país. Mahathir denunciou a atuação das autoridades dizendo que "não reflete a justiça e compaixão do Islão".
No mês passado, um bar gay em Kuala Lumpur foi alvo de uma rusga por parte da polícia e das autoridades religiosas, enquanto uma mulher transgénero foi espancada por um grupo de atacantes em Seremban, perto da capital. O ministro responsável pela pasta dos assuntos islâmicos também esteve sob fogo por parte de ativistas e deputados da oposição, depois de ordenar que fossem retirados retratos de dois ativistas LGBT de uma exposição de arte.
Na Malásia o sexo oral e anal é considerado contra a ordem da natureza. O código civil prevê prisão até 20 anos e vergastadas, apesar de esta ser raramente aplicada.