PM da Hungria critica leis da UE sobre imigração e defende expulsão imediata dos ilegais

Viktor Orban defende a política das chamadas "expulsões a quente", em resultado da vaga de imigrantes ilegais que têm chegado à Hungria, na sua maioria provenientes do Kosovo.
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O primeiro-ministro conservador da Hungria, Viktor Orban, qualificou hoje de "irracionais" as leis de imigração da União Europeia (UE) e defendeu a expulsão imediata de todos os ilegais.

A Hungria tem sido confrontada nas últimas semanas com uma vaga de imigrantes ilegais, maioritariamente provenientes do Kosovo. Só este ano, segundo a polícia, quase 25.000 pessoas foram detidas depois de atravessarem ilegalmente as fronteiras húngaras.

"Devia dizer-se que quem, com qualquer desculpa, cruza a fronteira ilegalmente, será detido em seguida", disse Orban à rádio pública Kossuth.

"Se se difundir a ideia de que não vale a pena vir para a Hungria, deixarão de vir", acrescentou.

O chefe do governo de Budapeste defendeu a política das chamadas "expulsões a quente", expulsões de ilegais imediatamente após a sua detenção, política que a Hungria praticava até ser proibida de o fazer pela UE.

Aludindo a dados oficiais segundo os quais mais de 80% dos imigrantes detidos na Hungria acabam por seguir viagem para países como a Alemanha ou a Áustria, Orban advertiu para o risco de o país se tornar "um campo de refugiados".

"Os austríacos e os alemães estão com graves problemas e certamente vão modificar as suas leis dentro de alguns meses", disse. "Se isso acontecer, a Hungria vai tornar-se um campo de refugiados económicos", acrescentou.

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