Plano para o frio arranca a 1 de novembro na região de Lisboa
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) já aprovou o plano de contingência para o frio, que vai ser implementado entre 1 de novembro e 31 de março e que envolve hospitais e centros de saúde. O plano dá especial atenção a crianças, idosos e doentes crónicos e pretende garantir a articulação entre todos os serviços de saúde para responder a picos de procura. Segundo o relatório do Instituto Ricardo Jorge, na última época gripal morreram 5591 pessoas a mais do que o esperado para a época.
O plano, que abrange os cerca de 3,6 milhões de pessoas que vivem na região de Lisboa e Vale do Tejo, tem "especial enfoque em recém--nascidos, idosos e doentes crónicos", diz o organismo, em comunicado, referindo que passa pelo reforço do sistema de vigilância existente. "Esta iniciativa pretende acautelar atempadamente uma série de dificuldades que o tempo frio, e o consequente aumento da procura, trazem aos serviços de saúde", adiantou Luís Cunha Ribeiro, presidente da ARSLVT na mesma nota informativa.
Foi nesta a região do país que no final do ano passado e início deste mais se sentiram os efeitos do pico da gripe das temperaturas baixas. A situação tornou-se mediática quando as urgências do hospital Amadora-Sintra ficaram com longas horas de espera devido ao aumento da afluência de pessoas e a falta de médicos. Seguiram-se depois vários casos de mortes de doentes nas urgências de diversos hospitais do país, alegadamente sem terem recebido cuidados médicos por causa de longos tempos de espera.