PJ investiga inundação que destruiu documentos do processo Gainima
O presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, confirmou hoje ter chamado a Polícia Judiciária para "perceber o que aconteceu" numa sala do edifício do Arquivo Municipal, onde uma inundação destruiu documentação que faz parte do processo Gaianima.
"Houve, de facto, um episódio. Chamamos a intervir a tutela daquele espaço, que é a Polícia Judiciária (PJ)", disse aos jornalistas esta manhã, acrescentando que agora é preciso "esperar que as autoridades percebam o que aconteceu", sendo certo que "o que está lá em papel está devidamente salvaguardado, em várias cópias em diferentes locais".
Na sua edição de hoje, o Jornal de Notícias escreve que grande parte da documentação que faz parte do processo da Gaianima, que vai levar a julgamento antigos gestores da empresa municipal por suspeitas de abuso de poder, infidelidade e peculato de uso, foi destruída na segunda-feira por água quente, proveniente de uma conduta que terá rebentado.
O autarca acrescentou não ter noção dos estragos causados pela inundação, uma vez que a sala em causa "está selada", sendo que a inundação foi detetada na segunda-feira no âmbito de um "processo de manutenção de ar condicionado".
"Nenhuma informação se perdeu efetivamente. Para a Câmara, o mais importante é garantir que há cópia de todos os processos e sobre isso não há dúvidas", sublinhou, admitindo que a inundação que afetou aquela sala específica e uma outra contígua "pode ter sido um mero incidente".
O JN refere ainda que "o aparente acidente causou muita estranheza, até porque os documentos destruídos apenas diziam respeito ao processo criminal".
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