Pistorius culpado de homicídio involuntário

A juíza do tribunal de Pretória considerou o campeão paralímpico sul-africano Oscar Pistorius culpado do homicídio involuntário da sua namorada, a 14 de fevereiro de 2013.
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Segundo Thokozile Masipa, o atleta agiu de forma "negligente" quando disparou sobre Reeva Steenkamp através da porta da casa-de-banho, mas que o terá feito na crença de que "se tratava de um ladrão".

"Uma pessoa razoável na sua posição, com a mesma deficiência, teria previsto a possibilidade de a pessoa atrás da porta poder ser morta pelos disparos e teria tomado medidas para evitar essas consequências, o que o arguido não fez", explicou a juíza do tribunal de Pretória.

Pouco antes, a magistrada considerara Pistorius culpado de de ter disparado uma arma num restaurante, cheio, de Joanesburgo, semanas antes da morte da sua namorada.

O atleta, amputado das duas pernas desde os 11 meses de idade, arrisca uma pena máxima de 15 anos, mas peritos legais ouvidos pela BBC aponta para sete a 11 anos de prisão como a sentença mais provável. A sentença deverá ser conhecida nas próximas três ou quatro semanas.

Desde o primeiro dia que Pistorius garantiu ter confundido a namorada com um ladrão, depois de ouvir um barulho suspeito vindo da casa-de-banho. Mas a juíza considerou que o atleta agiu "demasiado rápido" e com "recurso excessivo à força".

Na quinta-feira, o atleta, de 27 anos, escapou ao veredicto mais pesado - que lhe podia valer prisão perpétua - depois de a juíza ter afastado a premeditação e o assassínio.

Hoje, à chegada ao tribunal, Pistorius ignorou a multidão de jornalistas que o esperavam.

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