Pires de Lima avisa: "O nosso adversário não é o PSD"

O CDS deve continuar a "ambicionar" governar com o seu "partido amigo" que é o PSD. O adversário é o PS "e a esquerda radical"
Publicado a
Atualizado a

António Pires de Lima, o gestor (e ex-ministro da Economia) que em tempos foi visto como a personalidade que Paulo Portas mais queria para lhe suceder na liderança do partido, disse hoje que gostaria muito de ver Portugal ter pela primeira vez um governo chefiado por alguém do CDS, devendo-se lutar por isso.

Contudo, falando aos participantes do 27º congresso nacional do partido, em Lamego, deixou um aviso: "O nosso adversário não é o PSD, partido amigo com quem ambicionamos voltar a governar. O nosso adversário é o PS e a esquerda radical."

Assumindo-se agora como "militante de base" e delegado ao congresso "orgulhosamente" eleito pela concelhia de Cascais, Pires de Lima enfatizou que tem acompanhado com "enorme orgulho" o percurso do CDS nos últimos dois anos (o mandato de Cristas na liderança).

A presidente do CDS - disse - enfrentou o problema de suceder a "um líder muito carismático" e pôs nisso não só a sua "identidade própria mas também um enorme respeito pela opinião dos outros". Elogiando a atitude, filosofou: "Quem passa o tempo a julgar as pessoas não tem tempo para as amar."

Pires de Lima, para quem "o CDS é cada vez mais uma âncora de uma alternativa politica à governação das esquerdas", aproveitou para sugerir ao partido que insista em facilitar fiscalmente a vida às empresas (baixando o IRC para 12,5%) e ainda que se comprometa com a ideia de caminhar "a prazo" para uma meta dirigida à "classe média": que "ninguém que viva do seu trabalho seja obrigado a dar ao Estado, em impostos e contribuições para a Segurança Social, mais do que 50% do que ganha".

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt