Pinho Vargas e um concerto à memória de um mestre

Tem hoje estreia o <em>Concerto para violino</em> de António Pinho Vargas, em concerto que fecha com a <em>Nona Sinfonia</em> de Beethoven. Às 17.00, no Grande Auditório do CCB
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É o primeiro concerto para solista e orquestra que António Pinho Vargas escreveu e tem hoje (17.00) estreia mundial no Grande Auditório do CCB, pela jovem portuguesa de origem ucraniana Tamila Kharambura, de 25 anos, com a Orquestra Metropolitana. "É a primeira obra de grandes dimensões que eu estreio", confessa, para logo reconhecer "um entusiasmo e uma surpresa especiais, porque é uma obra cujo processo de crescimento acompanhei [Tamila reviu com o compositor a parte do solista] e que agora, nos ensaios, quando pela primeira vez a toco com orquestra, vejo nascer verdadeiramente, mas com a sensação de que nada está ainda fixo, rígido, ao contrário dos concertos tradicionais". Daí falar de "muitas experiências novas" facultadas por este "confronto".

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O Concerto para violino de Pinho Vargas surgiu como In memoriam ao grande violinista e pedagogo Gareguin Aroutiounian, arménio radicado em Lisboa, falecido em março de 2014, e seu colega na Superior de Música de Lisboa. Refere-se-lhe como "professor excecional e homem notável", que "deixou marcas em todos nós". E marcas, certamente, em Tamila, a mais brilhante entre os seus derradeiros alunos: "comecei a ter aulas particulares com ele aos 10 anos e depois oficialmente na ESML. Foi alguém com quem aprendi imenso, que sempre me aconselhou bem e que sempre esteve disponível para me ajudar, mesmo quando eu já estava no estrangeiro". Por isso, ser agora a solista é, para ela "uma forma de prestar uma homenagem pessoal a um homem fantástico".

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