Pichardo estabelece novo recorde nacional do triplo salto

Atleta do Benfica saltou 17,95 metros no meeting de Doha, que abre a Liga Diamante, superando a anterior marca que pertencia a Nélson Évora. Presidente da federação garante ao DN que é mesmo recorde nacional...
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Pedro Pablo Pichardo venceu a prova no Qatar, derrotando o campeão olímpico Christian Taylor e saltando 21 centímetros mais longe do que a melhor marca nacional do triplo salto, os 17,74 metros que Nelson Évora fixou como recorde português em Osaka 2007.

No meeting de Doha, no Qatar, o atleta de origem cubana, que em dezembro se naturalizou português, saltou 17,95 metros ao terceiro ensaio, o que constitui a melhor marca mundial do ano. Nelson Évora, que também competiu no meeting de abertura da Liga Diamante, saltou 17,04 metros e ficou em quarto lugar.

Para Jorge Vieira, presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, não há qualquer dúvida, trata-se mesmo de um novo recorde nacional apesar de o atleta ainda não poder representar a seleção nacional.

"Não há dúvidas de que se trata de um novo recorde nacional, só terá agora que cumprir a questão do controlo antidoping. É um cidadão português, por isso o recorde será reconhecido, outra coisa é ele ainda não poder representar a seleção devido aos critérios da IAAF", explicou Jorge Vieira ao DN, para depois acrescentar que ainda está em cima da mesa a possibilidade de Pichardo representar Portugal nos Jogos de Tóquio em 2020.

"Essa questão ainda está em aberto, para o Mundial está afastada a possibilidade de ele poder competir por Portugal, mas para os Jogos Olímpicos não é uma questão fechada", salientou Jorge Vieira.

A finalizar, o presidente da federação esclarece que o organismo que lidera recebeu informações por parte da IAAF: "Surgiram naturalizações praticamente compradas por outras federações, foram as próprias federações a ir ao mercado e a IAAF fez saber a todas as federações essa situação. Mas neste caso não é disso que se trata. Não foi a federação que convidou o atleta a ser português, o atleta conseguiu a naturalização através das leis portuguesas. Não sentimos o mínimo incómodo com isso."

A finalizar Jorge Vieira que o facto de Pichardo não representar Portugal nada tem a ver com alguma divergência a com a federação cubana. "Cumprimos todos os preceitos, a federação cubana foi informada e questionada se se opunha. Não havendo resposta entende-se que foi um assentimento, isso está previsto nos regulamentos."

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