Peugeot Citroën diminui prejuízos em 2014 após evitar falência

Grupo liderado pelo português Carlos Tavares conseguiu reduzir prejuízos para 55 milhões de euros e obteve lucros operacionais de 905 milhões de euros.
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O grupo francês PSA Peugeot Citroën obteve um prejuízo de 555 milhões de euros em 2014, contra os 2.227 milhões em 2013, o primeiro ano a reduzir perdas após se ter salvo da falência.

Também pela primeira vez desde a sua reestruturação, a empresa liderada pelo português Carlos Tavares obteve lucros operacionais de 905 milhões de euros no ano passado, face a prejuízos de 364 milhões em 2013.

Esta melhoria acontece em menos de um ano depois de PSA ter sido salva da iminente falência em março de 2014, quando o Estado francês e os chineses da Dongfeng terem aquirido cada um uma participação de 14% em troca de uma injeção de capital de 3 mil milhões de euros.

Pouco tempo depois, a PSA contratou Carlos Tavares, anterior número dois da rival Renault, que avançou com um programa de desinvestimento em unidades não rentáveis, cortando pessoal, congelamento de salários e diminuindo custos.

Como resultado, a capacidade das restantes fábricas da PSA na Europa subiu de 72% em 2013 para 79% no ano passado. Em reconhecimento pelo esforço dos trabalhadores em melhorar a saúde financeira da empresa, Carlos Tavares anunciou que cada trabalhador em França receberia um prémio de desempenho de pelo menos 1.094 euros, apesar de o grupo não esta a pagar dividendos aos acionistas até ao final de 2015.

Segundo a AFP, Carlos Tavares está otimista sobre o progresso do grupo de forma a obter lucros este ano, apesar dos mercados na Europa, Rússia e América do Sul estarem com dificuldades. Esta previsão modestamente positiva a nível internacional é, em grande parte, impulsionada pelo acesso da PSA ao mercado de automóveis na China - que está a crescer a uma taxa anual média de 7% - graças à parceria com a Dongfeng.

Em termos de volume de negócios, a empresa referiu, em comunicado, que aumentou 1% em 2014 para 53.607 millhões de euros. Só na sua divisão automóvel, o resultado operacional corrente aumentou 1.102 milhões, embora a faturação tenha caído ligeiramente, em 0,9%, para os 36.085 milhões, atribuídos essencialmente a um impacto negativo da taxa de câmbio.

"Os nossos resultados demonstram que a reconstrução dos fundamentos económicos do grupo está em marcha", afirmou o presidente executivo Carlos Tavares.

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