Os maiores produtores de petróleo do mundo cortaram a sua produção conjunta, numa tentativa de travar a profunda queda do preço do crude desde o pico de 147 dólares de 11 de Julho. Mas a redução de 1,5 milhões de barris por dia - que terá efeito a 1 de Novembro - não teve qualquer consequência no mercado, já que o barril caiu mais 5% perante os mesmos sinais de recessão económica global que atingiram as bolsas de todo o mundo, durante a sessão de ontem..Os contratos negociados em Londres baixaram para os 62 dólares por barril, depois de terem tocado no valor mais baixo desde Maio de 2007 (61 dólares). Em Nova Iorque, a correcção de 5% colocou o barril nos 64 dólares, depois do mínimo da sessão de 62,6 dólares..A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) anunciou que a sua quota de produção vai passar de 28,8 para 27,3 milhões de barris por dia. Os seus responsáveis classificaram este corte como "uma decisão rápida" que será "100% efectiva". O Governo dos EUA foi, por seu turno, rápido a condenar o corte da produção, sublinhando que os preços das matérias-primas devem ser fixados pelo mercado aberto "e não por estas decisões de produção anti-mercado"..Mas o mercado parece estar mais preocupado com o pânico que a perspectiva de uma séria e longa recessão económica mundial está a criar. Isto porque, um forte abrandamento económico irá resultar numa quebra do crescimento recente da procura de petróleo. Um cenário já avançado pelas entidades oficiais dos EUA, o maior consumidor mundial.