Pergaminho de Mao Tsé-Tung de 250 milhões de euros foi roubado e cortado ao meio
Um pergaminho escrito pelo líder comunista chinês Mao Tsé Tung, que estava avaliado em 250 milhões de euros e que tinha sido roubado da casa de um colecionador há um mês, foi encontrado em Hong Kong, mas cortado ao meio.
Segundo as autoridades, o pergaminho foi cortado ao meio devido ao seu enorme comprimento (2,8 metros) e por ser demasiado longo para ser exibido. Perante o 'corte', o dono do documento histórico já veio dizer que a obra foi "definitivamente afetada".
De acordo com o proprietário, o pergaminho estava avaliado em cerca de 250 milhões de euros e foi roubado durante um assalto ocorrido a 10 de setembro, quando três homens entraram na casa de Fu Chunxiao, um conhecido colecionador de selos e de arte revolucionária.
Os ladrões furtaram ainda selos antigos, moedas de cobre e outras peças de caligrafia de Mao Tsé Tung. Contas feitas, ainda segundo o proprietário, o dano total foi de cerca de 550 milhões de euros.
Segundo relatos da polícia, os ladrões venderam o pergaminho de Mao Tsé Tung por menos de 100 euros. E o comprador, um outro colecionador, acreditava que a obra de arte era falsa, conta o jornal South China Morning Post.
A peça histórica apareceu porque o comprador viu um apelo das autoridades para o roubo. E foi então que resolveu entregar os dois pedaços do pergaminho.
Ainda de acordo com as autoridades, não está ainda bem claro quem cortou o pergaminho em dois. "Alguém achou que a caligrafia era muito longa e difícil de mostrar e exibir. É por isso foi cortada ao meio", referiu Tony Ho, chefe da polícia de Hong Kong.
"Foi de partir o coração vê-lo dividido em dois", desabafou o dono do pergaminho. "Definitivamente, isto vai afetar o valor da peça", acrescentou.
A polícia, entretanto, deteve também o comprador do pergaminho, mas entretanto já foi solto sob pagamento de uma fiança. O suspeito do roubo está preso, mas os outros dois cúmplices continuam desaparecidos.