Percorrendo as palavras de James Baldwin

Eu não sou o teu negro, de Raoul Peck
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Tem sido um dos mais falados filmes documentais dos últimos tempos (foi nomeado para o Óscar) e há muito boas razões para que isso continue a acontecer. A partir de um livro inacabado de James Baldwin (1924-1987), Raoul Peck projeta-nos numa reflexão, tão dialética quanto perturbante, sobre as lutas pela igualdade e, nessa medida, a definição da própria identidade americana.

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As palavras de Baldwin - admiravelmente ditas por Samuel L. Jackson - fornecem pistas riquíssimas para compreender a condição dos negros nos EUA, quer dizer, a visão ideológica dos brancos que tratam o outro como uma "coisa" exterior ao seu próprio domínio humano. O filme consegue mesmo sugerir algumas rimas subtis com o tempo de Barack Obama, num desafio formal que nos ensina como o passado é sempre uma forma narrativa do presente.

Classificação: excecional (*****)

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