Pentágono supervisionou torturas no Iraque

Veteranos de guerra norte-americanos foram encarregados de realizar torturas aos prisioneiros iraquianos, segundo o jornal britânico 'The Guardian'.
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Segundo indica o jornal britânico, que se baseou nos testemunhos de iraquianos e norte-americanos, os coronéis James Steal e James Coffman informavam o então secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, e o general David Patreus, o qual foi obrigado a renunciar o ano passado à direção da CIA depois de um escândalo sexual.

Steal e Coffman estiveram implicados nas "guerras sujas" na América Central durante a década de 1980. O jornal precisa que Steal foi líder de uma unidade militar dos Estados Unidos que naquela época treinava grupos contra a insurreição em El Salvador.

O Pentágono enviou ao Iraque militares veteranos para que supervisionar comandos policiais que realizavam detenções clandestinas e organizavam centros de tortura para obter informações dos insurretos.

Foi, aparentemente, Rumsfeld quem pediu Steal para colaborar com as forças paramilitares no Iraque. Enquanto isso, Coffman é suspeito de ter trabalhado com Steale em centros de detenção suportados financeiramente por milhões de dólares norte-americanos.

De acordo com o relatório, Coffman considerava-se os "olhos e ouvidos" de Petraeus "in situ".

As prisões do Iraque são consideradas os locais onde aconteceram as pior torturas durante a ocupação dos EUA entre 2003 e 2011.

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