Pentágono esclarece: havia 823 pessoas no voo militar que saiu apinhado de Cabul

Um número recorde de 823 passageiros foram, segundo o Pentágono, levados de Cabul, no Afeganistão, para os Estados Unidos num avião de transporte militar, um voo apinhado cuja foto já se tornou ícone das operações de retirada.
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Uma estimativa inicial apontava para 640 passageiros, trazidos de autocarro para a pista, mas o número não incluía 183 crianças, muitas delas sentadas ao colo dos pais, disse o comando aéreo militar norte-americano.

O avião "transportou, em segurança, 823 afegãos do Aeroporto Internacional Hamid Karzai", referiu o comando militar dos EUA, que na terça-feira tentou relativizar a ideia de pressa e caos em torno das evacuações.

Este é um recorde para um avião de transporte militar C-17 Globemaster III, mais do dobro da sua capacidade normal.

O Pentágono não especificou o número de tripulantes do avião, apinhado, que descolou no domingo, de emergência, de Cabul.

A fotografia, já icónica, do interior do C-17 repleto de afegãos sentados, "testemunha a humanidade dos nossos soldados na sua missão", adiantou o General Hank Taylor em nome do Pentágono.

Os Talibãs, movimento extremista afegão, entrou no domingo em Cabul, após ter conquistado a maioria das capitais provinciais do Afeganistão numa ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada por Washington contra o regime talibã, que acolhia no seu território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, cérebro dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

Os talibãs já asseguraram que as mulheres poderão estudar e trabalhar.

Quando ocuparam o poder, entre 1996 e 2001, aquelas estiveram impedidas de estudar, trabalhar ou andar na rua sem "guardião".

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