Pena suspensa para GNR acusado de usar arma em striptease

O tribunal considerou o uso de uma arma de serviço num espetáculo de striptease um ato "muito grave" e "leviano".
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Um militar da GNR de Vila Nova de Gaia, Porto, foi hoje condenado a um ano e dez meses de prisão suspensa na sua execução por usar a arma de serviço, uma 'Glock', em espetáculos de striptease em 2014.

"O tribunal não tem qualquer dúvida que o militar realizou o espetáculo de striptease e usou a arma de serviço, conduta que sabia ser proibida", declarou a juíza durante a leitura do acórdão no Tribunal de São João Novo, Porto, classificando o ato de "muito grave" e "leviano".

Segundo a acusação, o militar terá realizado a 08 de março de 2014, Dia da Mulher, quatro espetáculos de striptease em discotecas, bares e restaurantes diferentes com a farda e arma de serviço tendo sido, posteriormente, publicadas fotografias na rede social `Facebook".

Durante o julgamento, o arguido confessou ter realizado os espetáculos com a farda para dar "mais realismo à personagem" que desempenhava por dificuldades económicas.

Além disso, garantiu que a arma usada nos `shows" eróticos era uma réplica, emprestada por um amigo.

E, a sustentar esta tese, algumas da testemunhas afirmaram que a arma nunca saiu do posto da GNR dos Carvalhos, Gaia, onde o militar presta serviço.

O MP considerou que a arma utilizada era a de serviço e, assim, o militar pôs em "perigo a vida e segurança das pessoas".

Por esse motivo, pediu dois anos de prisão efetiva por considerar que o arguido "agiu com enorme leviandade e dolo imenso".

Já a defesa pediu a absolvição do militar, alegando que a arma esteve sempre guardada no respetivo cacifo.

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