Pelo menos 79 mortos em violentos confrontos na Líbia
Os confrontos, ocorridos na sexta-feira e no sábado, opuseram milícias islâmicas a um grupo paramilitar leal a Khalifa Haftar, um general na reserva qualificado como um "fora da lei" pelo Governo líbio que o acusou de tentar levar a cabo um golpe de estado na cidade de Bengazi.
Khalifa Haftar, um antigo comandante dos rebeldes que derrubou o regime de Muammar Kadhafi em 2011, evocou, por sua vez, uma operação destinada a "purgar" Bengazi de "grupos terroristas", com o nome de "Dignidade", de acordo com um porta-voz da força que lidera e que se autodenomina "o exército nacional".
No âmbito da "operação", as forças leais a Haftar utilizaram, na sexta-feira, aviões e helicópteros de combate numa ofensiva em que foram atingidas instalações ocupadas por grupos islâmicos que se apresentam como "revolucionários" e que combateram o regime de Kadhafi em 2011.
Desde a queda do regime de Kadhafi, em 2011, Bengazi tem sido palco de ataques e assassínios quase diários cujos alvos são o exército e a polícia.
Esses ataques, que não são reivindicados, são atribuídos aos numerosos grupos islâmicos radicais armados com artilharia pesada que estão instalados na região.
Em março, o Governo interno reconheceu pela primeira vez a existência de "grupos terroristas", em particular em Bengazi e Derna, a 280 quilómetros mais a leste, e declarou "guerra ao terrorismo".