Pelo menos 18 mortos no sul do Iraque

Pelo menos 18 manifestantes foram mortos e 120 ficaram feridos esta quinta-feira na cidade de Nassíria, no sul do Iraque, adiantou a estação de televisão Al Jazeera.
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Pelo menos 18 pessoas morreram e 120 ficaram feridas esta quinta-feira depois das forças de segurança terem usado descarregado sobre os manifestantes (com tiros e gás lacrimogéneo) durante um protesto antigovernamental na cidade de Nassíria, de acordo com a Al Jazeera.

O incidente ocorreu quando as forças de segurança iraquianas avançaram com armas de fogo e gás lacrimogéneo para reconquistar duas pontes na cidade de Nassíria, na vanguarda da revolta contra o poder no sul do país, segundo as autoridades iraquianas, citadas pela Lusa.

Cerca de 50 manifestantes, que tinham bloqueado aquelas pontes, como parte de um amplo movimento de desobediência civil, ficaram feridos, alguns dos quais com gravidade, indicaram as mesmas fontes. O número de feridos cresce para 120, segundo a Al-Jazeera.

A operação das forças de segurança teve início um dia depois da nomeação de um novo comandante militar na província para "impor a segurança e restaurar a ordem", segundo um comunicado oficial.

Em dois meses, manifestações causaram mais de 360 mortos e 15 mil feridos, de acordo com um balanço da agência de notícias France-Presse (AFP) a partir de dados fornecidos por fontes médicas e policiais, dado que as autoridades deixaram de apresentar balanços oficiais.

Na noite de quarta-feira, centenas de manifestantes entraram no consulado do Irão, na cidade santa de Najaf, a norte de Nassíria, e incendiaram o edifício, num dia em que a violência no Iraque causou pelo menos seis mortos.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Mousavi, citado pela agência de notícias oficial IRNA, condenou o ataque e "exigiu uma ação decisiva, eficaz e responsável contra os agentes de destruição e os agressores" contra aquele consulado na cidade santa xiita de Najaf, no sul do Iraque.

As ruas de Najaf estavam relativamente desertas esta quinta-feira de manhã, na sequência de um novo recolher obrigatório decretado pelas autoridades iraquianas, de acordo com um correspondente da AFP.

A contestação nas ruas, num dos países mais ricos em petróleo do mundo, começou a 1 de outubro, com dezenas de milhares de iraquianos a exigirem a revisão do sistema político e a renovação total da classe política dominante, que acusam de ser corrupta.

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