Pelo menos 11 mortos em atentado em Mogadíscio, incluindo vários deputados
Pelo menos 11 pessoas morreram, entre as quais vários deputados, num atentado hoje perpetrado com um veículo armadilhado contra um hotel da capital somali pelo grupo 'jihadista' al-Shabab, indicaram fontes policiais.
Na explosão e no tiroteio que se lhe seguiu, morreram os deputados Abdullahi Jaamac Kabaayne e Mohamed Mohamud Gure, e há mais três parlamentares feridos entre as 22 pessoas atingidas, precisou o porta-voz da polícia, Mohamed Madaxey.
O hotel Ambassador, no centro de Mogadíscio, sofreu hoje à tarde uma forte explosão ao ser atacado com uma viatura armadilhada. Em seguida, um grupo de cinco 'jihadistas' irrompeu nas instalações, relatou à agência de notícias espanhola Efe o deputado Omar Abdullahi Balash.
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O grupo al-Shabab, ligados à Al-Qaeda, reivindicou este novo atentado na capital somali, onde nos últimos meses aumentou o número de ataques a diversos hotéis, restaurantes e instituições políticas, à medida que se aproximam as eleições que decorrerão este ano.
A Agência de Informações e Segurança da Somália (NISA, na sigla inglesa) resgatou do interior do hotel uma dezena de pessoas que em seguida foram transportadas para hospitais da cidade.
O ataque ocorreu apenas um dia depois de forças somalis terem matado o líder dos al-Shabab que planeou o ataque à Universidade de Garissa, no Quénia, Mohamed Kuno, numa operação coordenada com tropas norte-americanas.
O ato terrorista de hoje em Mogadíscio registou-se também dias antes de o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, aterrar na capital somali, esta semana, na sua terceira visita oficial ao país do Corno de África.
Em janeiro de 2015, Erdogan cancelou a visita que tinha agendada a Mogadíscio para assistir ao funeral do rei da Arábia Saudita, Abdallah bin Abdulaziz, só um dia depois de o al-Shebab ter atentado contra o hotel onde estava alojada a delegação turca na capital somali.