Pedro Madeira Rodrigues acredita que a fatura das rescisões vai chegar...

Eleições para os Órgãos Sociais do clube leonino estão marcadas para o dia 8 de setembro e para já, são sete os candidatos. Frederico Varandas, João Benedito, José Maria Ricciardi, Dias Ferreira, Rui Jorge Rego e Fernando Tavares Pereira são os adversários.
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Pedro Madeira Rodrigues diz que está "preparado para enfrentar o desafio" de liderar o Sporting e assume desde já que, em caso de vitória, os sócios leoninos voltarão a dizer de sua justiça em 2021.

"Vou considerar estas eleições, embora não esteja estatutariamente previsto, como eleições intercalares. E se eu ganhar as eleições, como acredito, e se tiver menos de 50%, como parece provável, vou cumprir o mandato que faltava a Bruno de Carvalho, ou seja até junho de 2021 e vou anunciar, desde já, as próximas eleições do Sporting para aqui a 2 anos e nove meses. Completamos o mandato de Bruno de Carvalho, vamos ter cerca de 1.000 dias para mostrar aquilo que valemos e depois vamos entregar aos sportinguistas a próxima direção, a próxima eleição. Parece-me que é justo", afirmou o candidato à presidência do Sporting, esta segunda-feira, em entrevista à TSF.

A realidade do clube apanhou-o de surpresa, apesar de saber que "estava mau": "Como é que ninguém percebeu que Bruno de Carvalho estava num projeto de poder pessoal e e de controlo absoluto do Sporting. Estava rodeado de 'yes men'."

No que ao futebol e ao treinador diz respeito, o candidato mantém a aposta no italiano Claudio Ranieri. Ou seja, José Peseiro terá os dias contados caso ele seja eleito no dia 8 de setembro, apesar de ter visto "coisas boas no primeiro jogo da época" em que os leões derrotaram o Moreirense (3-1).

Rodeou-se de personalidades bem conhecidas pelo universo verde e branco, como Marco Aurélio, Delfim e Balakov, pois quer o clube com ADN campeão:"Tenho um filho com 17 anos que não se lembra de ver o Sporting campeão."

Trabalho de Sousa Cintra elogiado

Pedro Madeira Rodrigues considera positivo o trabalho feito por Sousa Cintra, acrescentando: "Não é comparável com o que lá estava." Ou seja com Bruno de Carvalho, o ex-presidente destituído, cuja fatura da passagem pelo Sporting ele está disposto a pagar. Mesmo que seja a fatura do investimento feito na recuperação dos jogadores que tinham rescindido: "A fatura pode demorar, mas vai chegar." Por isso, quando ele chegar a Alvalade, levará com ele uma almofada a rondar os 60 milhões de euros, seguidos de mais uma tranche de 40 milhões.

Os rivais não foram esquecidos. "O Benfica domina hoje o panorama do futebol nacional, o Porto também já teve esse poder no passado. Bruno de Carvalho, com os gritos que dava, até dizia umas verdades, mas essa não é e nem nunca foi a linguagem do Sporting", acrescentou o candidato, antes de referir algumas das principais ideias do seu programa eleitoral.

Manter o ecletismo e o investimento nas modalidades será uma "bandeira" da presidência de Madeira Rodrigues: "Ganhar um título europeu numa modalidade de pavilhão é uma meta". Termina, dizendo que que quer transformar o basquetebol do clube num "franchising" da NBA na Europa.

Pedro Madeira Rodrigues é licenciado em Gestão e Administração pela Universidade Técnica de Lisboa, tem 45 anos e é um dos sete candidatos à liderança do clube de Alvalade (algo que tenta pela segunda vez, depois de perder para Bruno de Carvalho em 2017).

Os candidatos às eleições do Sporting são agora sete. Depois da desistência de Carlos Vieira e de a candidatura de Bruno de Carvalho ter sido rejeitada pela Mesa da Assembleia Geral, ficaram na corrida eleitoral: Frederico Varandas, João Benedito, José Maria Ricciardi, Dias Ferreira, Rui Jorge Rego, Fernando Tavares Pereira e Pedro Madeira Rodrigues.

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