Pediatras europeus preocupados com falta de medicamentos para crianças

Durante o Inverno, a Europa viu aumentar a escassez do principal antibiótico amoxicilina e de outros medicamentos, pois o surgimento de doenças, principalmente entre as crianças, aumentou a demanda pelos medicamentos.
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Pediatras de países europeus alertaram este sábado para a escassez de medicamentos para crianças, incluindo antibióticos e de tratamento de asma, alertando que isso coloca em risco a saúde.

Numa carta dirigida aos ministros da Saúde e a que a AFP teve acesso, os médicos sublinham que é "urgente encontrar uma solução rápida, fiável e duradoura" para os problemas dos stocks na Europa. "A saúde das nossas crianças e jovens está em perigo devido à falta de medicamentos em toda a Europa", escreveram.

A carta foi endereçada aos ministros da saúde da Áustria, França, Alemanha, região italiana do Tirol do Sul e Suíça. Foi assinada por Andreas Werner, presidente da Associação Francesa de Pediatria Ambulatorial, pelo seu colega alemão Thomas Fischbach e Laura Reali, chefe da Confederação Europeia de Pediatras de Cuidados Primários.

Os médicos defendem que é responsabilidade dos governantes garantir a produção e o fornecimento suficientes para garantir a disponibilidade de medicamentos para cuidados pediátricos básicos. É crucial ter antibióticos, analgésicos, medicamentos para febre e asma e vacinas disponíveis.

Reagindo à carta, já este sábado, o ministro da Saúde alemão, Karl Lauterbach, disse no Twitter que as preocupações eram "justificadas". Uma lei destinada a resolver problemas de entrega está atualmente no parlamento alemão, disse o responsável germânico.

Durante o Inverno, a Europa viu aumentar a escassez do principal antibiótico amoxicilina e de outros medicamentos, pois o surgimento de doenças, principalmente entre as crianças, aumentou a demanda pelos medicamentos.

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