Honório Novo anunciou esta sua iniciativa na comissão parlamentar de inquérito parlamentar sobre o Banco Português de Negócios (BPN)..O deputado do PCP adiantou ainda que fará um depósito da mesma documentação na comissão de inquérito parlamentar para que todos os deputados tenham acesso aos elementos relacionados com o fundo Homeland..Depois de ter feito colocado várias questões ao presidente da Imofundos (sociedade gestora de imobiliário do BPN), Rui Pedras, o deputado do PCP contestou a versão deste gestor de que havia perspetivas reais de negócio com os terrenos de Oeiras do fundo Homeland a partir de 2009.."Parece que as práticas de gestão deste fundo seguiram as práticas do passado. Desde o início que este fundo apresentava uma situação de prejuízo evidente, de ausência de garantias bancárias, mas a liquidação só é feita [com efeitos a fevereiro de 2012] numa situação de contexto em que Pedro Duarte Lima e Vítor Raposo são constituídos arguidos num processo de falsificação, fraude e burla", disse.."Custa-me ouvir uma coisa dessas. Constituímos hipotecas a favor do BPN. Foi uma alteração significativa que a nossa gestão conseguiu", respondeu o ex-administrador do BPN..No entanto, Honório Novo foi ainda mais longe nas acusações à gestão dos responsáveis pela Imofundo do BPN face ao fundo Homeland.."Os documentos que tenho na minha posse mostram que a redução do montante da conta caucionada [de 60 para 42 milhões de euros], seguida de uma operação de expediente de incorporar juros na conta caucionada, revela práticas questionáveis. O início deste fundo, como o senhor [Rui Pedras] deveria saber, é prestado a pessoas sem quaisquer condições para o pagar, com rendimentos absolutamente indigentes para fazer face aos encargos, só sendo aceite por intervenção direta de Oliveira e Costa", apontou..Para Honório Novo, a criação deste fundo "indiciou um favor feito ao filho de Duarte Lima e do ex-deputado do PSD Vítor Raposo, pessoas que não tinham a mínima condição para terem uma conta caucionada de 60 milhões de euros".."Estes dois senhores, Pedro Duarte Lima e Vítor Raposo, estavam seguramente a servir como testas de ferro de interesses terceiros. Perante isto, [a administração da Imofundos a partir de 2009], em vez de liquidar, mantém o fundo durante mais dois anos", acrescentou.