PCP realça "posicionamento anti-fascista"
O PCP lembrou esta terça-feira o "posicionamento anti-fascista" de António Almeida Santos, antigo presidente da Assembleia da República.
Os comunistas sublinharam ainda, na nota à imprensa, as "mais altas responsabilidades no plano institucional e no PS" desempenhadas por Almeida Santos nas últimas décadas.
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Almeida Santos faleceu na noite de segunda-feira com 89 anos, em sua casa, depois de se ter sentido mal no final do jantar.
No Parlamento, o deputado comunista António Filie qualificou a morte de Almeida Santos como uma "perda enorme para a democracia" e lembrou o seu papel no processo de descolonização e a "atividade muito marcante na construção do Estado de direito".
"Foi um antifascista, designadamente pela ação que desenvolveu no grupo de democratas de Moçambique, que ele próprio dinamizou. Após o 25 de Abril, desde a primeira hora, teve um papel cimeiro na construção da democracia em Portugal, tendo tido enquanto ministro um papel muito importante no processo de descolonização, que se seguiu à revolução do 25 de Abril", afirmou António Filipe.
Começando por afirmar que a morte de Almeida Santos é uma "perda enorme para a democracia em Portugal", o deputado do PCP e jurista sublinhou que o ex-presidente do Parlamento, "enquanto ministro, quer dos governos provisórios, quer dos governos constitucionais, desenvolveu uma atividade muito marcante na construção do Estado de Direito em Portugal".
Enquanto presidente da Assembleia da República, Almeida Santos manteve "uma postura de grande diálogo e de grande respeito para com todos os grupos parlamentares, o que contribuiu muito para o prestígio da Assembleia da República, é o que é muito marcante relativamente ao seu próprio prestígio pessoal junto de todas as forças políticas em Portugal", apontou.
"Com o falecimento do doutor Almeida Santos a democracia portuguesa fica mais pobre, perde uma das suas grandes figuras. Queremos, naturalmente, endereçar ao PS, de que era presidente honorário, as nossas sentidas condolências", declarou António Filipe.
O corpo de António Almeida Santos vai estar a partir das 17:00 desta terça-feira em câmara ardente na Basílica da Estrela, em Lisboa, e será cremado na quarta-feira no cemitério do Alto de São João, também em Lisboa, pelas 14:00.