PCP questiona número de efetivos aprovados para as Forças Armadas

Comunistas defendem transparência na definição do número de militares e interrogam-se sobre "qual o sentido" do recente memorando das chefias ao Governo.
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"É necessário e vantajoso que os portugueses percebam o porquê" de serem necessários 30 mil a 32 mil militares nas Forças Armadas, defendeu esta quinta-feira o PCP.

Num artigo publicado no órgão oficial do partido e assinado por Rui Fernandes, membro do Comité Central, o PCP sublinha que "ninguém sabe realmente por que razão são precisos 28 mil, 30 mil ou 32 mil militares" no ativo e que seria importante que os cidadãos "o percebam não com base numas justificações vagas mas concretas".

Na origem desta posição está o recente memorando dos chefes militares ao Governo após ter sido aprovada a admissão de apenas 200 efetivos para 2018 - que o PCP considera ter o objetivo de ficar "desde já registado que o ónus será do Governo" se surgirem problemas por não terem sido autorizados os 600 requeridos.

Mas "são precisos 600 para resposta às missões primárias" - de defesa militar da República e missões externas - "ou os 600 são para resposta a todas as missões", incluindo as complementares, pergunta o PCP, admitindo que podem mesmo ser necessários os 30 mil a 32 mil legalmente aprovados.

É que "cortar mato por causa dos incêndios não é missão primária, tal como não o é vigiar matas, praias, fazerem de nadadores-salvadores, etc", prossegue o autor, a propósito de os 200 efetivos a admitir este ano nas fileiras só terem sido autorizados por causa das missões ligadas aos incêndios (na sequência das tragédias de 2017).

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