PCP defende necessidade de "ir mais longe" após discurso de Costa
O dirigente comunista Jorge Cordeiro defendeu hoje a necessidade de "ir mais longe" nas políticas adotadas pelo Governo socialista, após o encerramento do 21.º Congresso do PS, em Lisboa, embora "valorizando tudo o que já foi alcançado".
"Temos a convicção de que, valorizando tudo o que já foi alcançado, é necessário ir mais longe, exigindo aspetos de consideração política que passam por enfrentar a submissão ao euro e à União Europeia, renegociar a dívida, incrementar a produção nacional, promover a criação de emprego, considerar elementos de controlo estratégico da economia portuguesa, a começar pela banca", disse.
O membro da Comissão Política do Comité Central do PCP comentava o discurso final do líder socialista e primeiro-ministro, António Costa, de cerca de uma hora, e reiterou a opção correta de apoiar no parlamento a solução de executivo à esquerda.
"Creio que a luta trouxe os resultados que trouxe. Nós assumimos as responsabilidades que tínhamos de assumir. Não podíamos desperdiçar a oportunidade de abrir uma perspetiva de devolução de direitos, remunerações e rendimentos", afirmou.
Segundo Jorge Cordeiro, "é com naturalidade" que o PCP, juntamente com "Os Verdes" na Coligação Democrática Unitária (CDU), vai concorrer em setembro/outubro de 2017 às eleições autárquicas, com o seu "projeto distinto".
"Um projeto reconhecido pelas populações, que tem valor próprio e pelo qual nos bateremos, não apenas para manter a posição que temos hoje, mas para conquistar novas posições e vitórias", garantiu.