PCP. Avanços alcançados são "ponto de partida para novas lutas"
As medidas de "reposição" de "direitos e rendimentos" que o Governo pôs em prática até agora ficaram "aquém daquilo que seria necessário", disse hoje o deputado Paulo Sá
Falando em nome do PCP na sessão solene com que o Parlamento assinala os 44º aniversário do 25 de Abril, o deputado disse que isso acontece por causa das "convergências do PS com PSD e CDS" em torno dos "interesses do grande capital e a sua submissão às imposições do euro e da UE".
Criticando o Programa de Estabilidade apresentado pelo Governo, Paulo Sá disse que "o que se impõe é a mobilização dos recursos disponíveis não para a redução acelerada do défice e da dívida mas sim para dar respostas aos problemas das pessoas, investindo nos serviços públicos [SNS, escolas, transportes públicos, etc].
Assim, o deputado comunista antecipou o que serão os próximos tempos na ação do PCP: "Os avanços alcançados nos dois últimos anos e meio não são o ponto de chegada; são o ponto de partida de novas lutas para conquistar novos avanços".
Ou seja: "São o ponto de partida para a afirmação e construção de uma política alternativa, patriótica e de esquerda".
Numa parte apupada pelas bancadas do PSD e do CDS, Paulo Sá disse ainda que a ação do governo dos dois partidos liderado por Pedro Passos Coelho "se traduziu num verdadeiro ajuste de contas com o 25 de Abril e as suas conquistas".