Paulo Morais promete recuperar corpos de militares mortos no exterior

Candidato presidencial diz que, se for eleito, Estado apoiará famílias que queiram recuperar portugueses mortos em combate
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Paulo Morais prometeu esta quarta-feira, em Lisboa, que "o Estado português vai tratar" de ajudar "qualquer família que queira recuperar" os corpos de militares mortos no estrangeiro.

"Portugal não pode abandonar os seus mortos. É importante que todos os portugueses saibam que estão sempre protegidos pela sua nação", afirmou o candidato presidencial, num encontro com dirigentes das associações socioprofissionais de militares.

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"Não se esqueçam de me cobrar o que acabei de dizer", enfatizou o professor universitário conhecido pelo seu feroz combate contra a corrupção e que disse estranhar não ter ouvido militares falarem sobre situações - privatizações de certas empresas públicas - que qualificou como ataques à soberania nacional.

No caso dos corpos de militares mortos no estrangeiro, cujos processos de identificação e repatriação são morosos e dispendiosos, a Liga dos Combatentes tem a seu cargo programas que envolvem recuperar e cuidar de cemitérios onde estão esses portugueses - a começar pelos da Grande Guerra, em França.

O ex-autarca afirmou também que as Forças Armadas não podem ser tratadas "como um qualquer serviço do Estado mas devem ser entendidas como garantia" da identidade e unidade da nação.

?Paulo Morais identificou depois "uma situação que tem de ser resolvida se for eleito Presidente" por estar em causa a soberania nacional: acabar com "o sequestro" de Lisboa pela empresa francesa (e capitais americanos) Vinci, pois gere o aeroporto da capital e as duas pontes sobre o rio Tejo.

"Não podemos ter a capital sequestrada por uma empresa financeira", argumentou o candidato, sustentando que "é necessário ir [à Ponte Vasco da Gama] e expropriá-la a custo zero".

"O Estado tem a obrigação de chegar à ponte e ressarcir o povo do prejuízo que teve", dado que "não tinha 900 milhões" para a construir mas depois "tem 1000 milhões para dar aos privados" que a construíram.

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