Paula Marques eleita presidente da associação Cidadãos por Lisboa
Paula Marques apresentou esta terça-feira, numa iniciativa realizada por 'zoom', os órgãos sociais da associação e o manifesto com os compromissos para 2021.
A direção da associação CPL é constituída por Paula Marques (presidente), João Paulo Saraiva (vice-presidente), Rui Franco (tesoureiro), Floresbela Pinto (secretária), Daniela Serralha (vogal), Miguel Graça (vogal) e Catarina Homem (vogal).
A mesa da Assembleia-geral é presidida por Teresa Craveiro e tem José Alberto Franco como vice-presidente e Ana Gaspar como vogal.
Já o Conselho Fiscal/Comissão de Direitos é composto por António Avelãs (presidente) e pelos vogais Dores Ribeiro e Rui Simões.
O movimento Cidadãos por Lisboa foi fundado em 2007 por Helena Roseta e está representado na Assembleia Municipal de Lisboa e na autarquia.
João Paulo Saraiva e Paula Marques, da direção da associação, são vereadores na Câmara de Lisboa. João Paulo Saraiva é vice-presidente do município e tem o pelouro das Finanças, enquanto Paula Marques é vereadora do Desenvolvimento Local e Habitação.
Na apresentação do manifesto, que contém a visão política da associação, a autarca salientou que os Cidadãos por Lisboa colocam "a participação no centro da vida política" e pretendem "dar mais voz à cidadania".
"Acho que isto é muito importante no tempo que estamos a viver. A participação tem de ser aquilo que estrutura a vida de uma cidade", considerou.
Os Cidadãos por Lisboa defendem a habitação e o ensino como um direito para todos, assim como um "urbanismo ao serviço, da cidade, da população e do ambiente", tendo como "prioridade a revisão dos instrumentos de planeamento urbanísticos e dos incentivos fiscais na reabilitação urbana".
O combate à violência doméstica, ao racismo, à xenofobia, a visibilidade da comunidade LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgénero e Intersexo) e a dinamização da rede social de Lisboa foram outras das prioridades sublinhadas por Paula Marques.
"Nós pretendemos agora pegar neste manifesto, fazer a discussão deste manifesto com as estruturas, locais, associações [...]. Queremos densificar esta nossa visão com propostas concretas para cada uma das áreas", afirmou.
"Consolidar aquilo que temos vindo a fazer mas, sobretudo, pensar que a vida mudou, que a realidade mudou e nós devemos ter capacidade de responder a estes novos desafios e ter uma perspetiva de melhor futuro, de melhor cidade", acrescentou Paula Marques.
Questionada pela Lusa sobre os objetivos para as eleições autárquicas que se realizam no outono e se os Cidadãos por Lisboa vão concorrer coligados com o PS como tem sido habitual, Paula Marques lembrou que o movimento, agora associação, "tem um historial de capacidade de diálogo, de capacidade de entendimento".
"O que serve a cidade é uma plataforma de esquerda e, portanto, estamos totalmente empenhados em conversar com todas as forças políticas que tenham uma visão comum com a nossa", afirmou.
Em março, Paula Marques anunciou que o movimento CPL tornou-se associação política com o objetivo de reforçar a sua legitimidade e participar mais nas questões da cidade, "para além da participação nos atos eleitorais".
Em declarações à agência Lusa na altura, a vereadora da Habitação do município da capital defendeu que o movimento "atingiu um período de maturidade política" e que, tendo em conta a intervenção que tem tido na cidade, "fazia sentido" a constituição da associaç