Paul Romer: casou de manhã e à tarde recebeu o Nobel da Economia
Paul M. Romer é um verdadeiro economista. E para o provar juntou num só dia aqueles que serão provavelmente os dois momentos mais importantes da sua vida: o casamento e a cerimónia de entrega do prémio Nobel da Economia de 2018.
Romer, que até janeiro foi o economista chefe do Banco Mundial em Washington (EUA) casou na segunda-feira (dia 10) com Caroline Weber, escritora e professora de Literatura Francesa no Colégio Barnard (Columbia), uma cerimónia que teve lugar na Igreja Episcopal ANglicana de St. Peter e St. Sigfrid em Estocolmo (Suécia).
Conta o texto do The New York Times que a noiva estava radiante com o seu vestido azul-turquesa com assinatura de Oscar de La Renta, e o noivo de gravata e fato brancos. Trocaram votos perante o reverendo Nicholas Howe, um padre anglicano, e 16 membros da família, incluindo os pais do casal, bem como cinco dos seis irmãos de Paul Romer.
Horas depois o casal foi recebido no Stockholm Concert Hall (Estocolmo) onde tiveram uma receção diferente, repleta de aplausos e discursos. Foi aqui que Paul Romer recebeu do rei da Suécia, Carlos Gustavo, o diploma e a medalha referente ao prémio Nobel da Economia referente a 2018, distinção que partilhou com o compatriota William Nordhaus.
A Academia Real das Ciências da Suécia reconheceu assim o trabalho que a dupla fez relacionado com algumas das questões mais importantes da atualidade: como criar crescimento económico de longo prazo sustentável, nomeadamente quando se enfrentam alterações climáticas e é necessário definir políticas económicas.
No discurso que fez na segunda-feira, Paul Romer (63 anos) frisou que o Nobel foi "uma surpresa total". Lembrou que estava no apartamento de Greenwich Village (Nova Iorque) com Caroline Weber (49 anos) quando soube que tinha sido distinguido. "Susurrei a Caroline: 'Querida, acabei de ganhar o Nobel da Economia'. Ela acordou de imediato e ficou muito feliz". "Fui um momento único na vida", acrescentou Weber. "Estava absolutamente emocionada por ele".
"A nível pessoal, uma das coisas mais interessantes de ganhar um Nobel é a forma como se consegue fazer feliz as pessoas que se conhece. Desde os colegas na universidade até à mulher que cuida da lavandaria onde levo a minha roupa, até ao porteiro que dá guloseimas aos meus cães, todos estavam felizes por mim", frisou. Concluindo: "Não esperava isso."