Passos: "Não tenho a mania de ser um sempre em pé"

Líder do PSD não rejeita hipótese de governar sem novas eleições
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O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, disse esta tarde que deseja que o governo de António Costa termine a legislatura e recusa-se a "especular" se aceitará voltar ao governo sem antes ser sujeito a um novo escrutínio popular.

Após entregar a moção estratégica e a candidatura esta tarde na sede do PSD, Passos Coelho disse que não é apenas candidato ao PSD, mas "candidato a primeiro-ministro", dizendo: "Não sei se há eleições nos próximos dois anos. Se alguma coisa acontecer de modo a que haja eleições, eu serei candidato a primeiro-ministro".

O líder social-democrata diz não estar "à espera que o governo falhe. Não depende de mim. Não estou à espera que as coisa acabem mal". Passos não revelou se pretende ficar todo o tempo da legislatura na liderança do PSD, destacando que "o mandato é para dois anos".

Além disso, garante que não se quer eternizar no cargo. "Sou candidato a presidente do PSD, que é um cargo que tem um mandato de dois anos. E não tenho a mania de ser um sempre em pé. Não é porque fui primeiro-ministro que tenho a mania que tenho de ser primeiro-ministro de qualquer maneira"

Quanto a uma coligação com o CDS, Passos limitou-se a dizer que a moção que apresentou "não foi para eleições", mas "se alguma coisa acontecer, estamos preparados". Passos disse ainda que está de acordo "com o que tem dito a dra. Assunção Cristas nestas matérias", destacando que PSD e CDS têm um "diálogo preferencial". Ainda assim, os caminhos separados, por agora, dos dois partidos justificam-se porque "precisam ambos de espaço para crescer".

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