Passos diz que promulgação do Orçamento foi "o esperado"

Presidente do PSD espera "que o Governo possa cumprir o orçamento com mais transparência do que aconteceu em 2016"
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O líder do PSD disse hoje que a promulgação do Orçamento do Estado pelo Presidente da República foi "o esperado", apelando a que o Governo não atinja as metas "a encolher a barriga e suster a respiração com medidas extraordinárias".

À chegada ao encontro anual do Conselho da Diáspora, que decorre hoje em Cascais, Pedro Passos Coelho foi questionado sobre a promulgação do Orçamento do Estado para 2017, na quarta-feira anunciada pelo Presidente da República, escusando-se a fazer qualquer comentário sobre esta decisão uma vez que foi "dentro daquilo que era o esperado" e respondendo que não ficou surpreendido com a rápida iniciativa de Marcelo Rebelo de Sousa.

"É verdade que nós votamos contra o orçamento. Para nós não basta que as metas para o défice sejam corretas e possam ser atingidas, interessa sobretudo que a consolidação possa ser efetiva, sustentável. Dito de outra maneira, que não se chegue aos objetivos assim a encolher a barriga, a suster a respiração com medidas extraordinárias", sublinhou.

O presidente do PSD espera "que o Governo possa cumprir o orçamento com mais transparência do que aconteceu em 2016", sublinhando que tudo aponta para que se possa "ficar com um défice mais baixo do que o de 2015", pequena redução que "foi conseguida à custa de medidas extraordinárias, que não se podem repetir".

"O meu desejo é que a meta do défice possa ser alcançada porque isso é importante para o país, mas a forma como atingimos essas metas, as escolhas que fazemos também são muito importantes", destacou.

Para Passos Coelho, fazer essa redução à custa de medidas que "não são repetíveis, de encolher a barriga e suster o ar durante um tempo, isso não é uma coisa muito sustentável, não é senão um artificialismo que não promete coisas sustentáveis para futuro".

"Eu espero que o Governo aproveite esta oportunidade melhor do que aproveitou em 2016", apelou.

O líder social-democrata sublinhou que "querer construir com normalidade um orçamento para 2017 é um exercício diferente daquele que foi feito pelo Governo".

"Esperemos que pelo menos haja mais transparência, menos opacidade na maneira como as coisas são feitas", apelou.

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