Passos Coelho admite descer IVA na restauração

Ainda que tenha dito não querer "alimentar expetativas", primeiro ministro revelou que assunto será discutido na preparação do Orçamento para 2014
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O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, admitiu, hoje à noite no programa da RTP "O País Pergunta", descer o IVA da restauração dos atuais 23%. Porém, Passos Coelho sublinhou não querer "alimentar expetativas", dizendo que o assunto será discutido nos próximos conselhos de ministros que estão a preparar o Orçamento do Estado para 2014.

"O governo encomendou um estudo que aponta uma perda de receita na ordem dos 100 milhões de euros, que não é negligenciável. Se descer o IVA, terei que encontrar outra receita", afirmou Pedro Passos Coelho, depois de questionado por Teresa Carneiro, empresária da restauração. Passos Coelho, ainda em relação ao IVA da restauração disse que é sua intenção caminhar par auma progressiva regularização do imposto.

Nesta linha, o primeiro-ministro adiantou que o Orçamento para 2014 "precisará de dar alguns sinais que possam fortalecer o crescimento da economia". Falando na já prevista descida do IRC para as empresas.

Para além da restauração, Pedro Passos Coelho foi também questionado sobre os impostos aplicados aos reformados, anunciando que as medidas atualmente em vigor serão mantidas em 2014. E isto porque, desde o início do Programa de Assistência Financeira, o País apenas disponíveis o dinheiro que os credores internacionais emprestaram num "envelope fechado".

E, já que dois terços da despesa do Estado dizem respeito a salários e pensões, Pedro Passos Coelho afirmou não ter alternativa se não "baixar salários" e introduzir cortes nas pensões.

Quanto ao desemprego, e depois de questionado por Ana Sousa, um desemrpegada do Porto, o primeiro-ministro referiu que o aumento do emprego está indexado ao crescimento da economia.

Pedro Passos Coelho recusou a tese de que o governo está a destruir o Serviço Nacional de Saúde. "Não estamos", sublinhou. "O que se passa é que o sistema estava muito endividado e estamos a tentar saneá-lo"

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