Passos, Rajoy e Felipe na entrega de prémio a Durão
Pedro Passos Coelho, Mariano Rajoy e José Antonio Monago intervêm na cerimónia de entrega onde, depois do discurso de Durão Barroso, discursará também Felipe de Borbón, que entregará o galardão referente a 2012.
Um forte dispositivo de segurança está a ser preparado para a cerimónia, que decorrerá no Real Mosteiro de Yuste, local cujos acessos estarão cortados desde a véspera do evento, em que estarão presentes vários empresários ibéricos.
Barroso foi reconhecido com a edição de 2012 do galardão por representar o interesse geral num período de crise e pela contribuição para o desenvolvimento da Europa.
Outorgado em Mérida (Espanha) e dotado com 45.000 euros, o prémio foi dado a conhecer pelo presidente do Governo de Estremadura, José Antonio Monago, em setembro.
Atribuído anteriormente a individualidades como Mikhail Gorbachov, Jacques Delors, Felipe González e Javier Solana, o prémio recorda o papel de Barroso durante a crise financeira europeia, por "apostar sempre na UE para enfrentar os desafios" da atualidade.
Em setembro, Monago sublinhou a "indubitável e destacada contribuição no desenvolvimento de Europa desde o ano 2004", quando Barroso assumiu o cargo de presidente da Comissão Europeia, bem como a sua "carreira política e humana aberta à Europa".
Na altura, em Bruxelas, Durão Barroso considerou o galardão "uma grande honra", felicitando o trabalho que a Fundação Academia Europeia de Yuste tem feito para "contribuir para o projeto europeu".
Na sexta-feira, um dia depois da cerimónia, Durão Barroso desloca-se a Madrid onde, depois de ser recebido pelo rei Juan Carlos, mantém um encontro de trabalho com o chefe do Governo, Mariano Rajoy.
Ambos deverão depois realizar uma conferência de imprensa conjunta no Palácio da Moncloa.
As próximas eleições europeias e a atual situação económica de Espanha, da zona Euro e da UE serão os temas dominantes da agenda do encontro dos dois líderes.
Coincidindo com a entrega do galardão foram anunciadas novas bolsas europeias de investigação e mobilidade em estudos europeus que nesta edição serão conhecidas como "Prémio Carlos V-José Manuel Durão Barroso" e terão o tema "história, memória e integração europeia do ponto de vista das relações transatlânticas da UE".
Durão Barroso elegeu o tema das 10 bolsas dotadas com 3.000 para os investigadores selecionados e que têm associadas a organização de um Seminário Doutoral de Estudos Pluridisciplinares sobre a Europa Contemporânea.
Os trabalhos que resultem das bolsas serão publicados e os investigadores selecionados passarão a integrar a Rede Alumni de Yuste, o que permite manter linhas de trabalho abertas para o futuro.
Podem candidatar-se estudantes de doutoramento de toda a Europa, especialmente investigadores que estejam a preparar uma tese doutoral relacionada com a construção e integração europeias.
Numa mensagem sobre as bolsas, Durão Barroso justificou a escolha do tema com a pretensão de abordar as relações da UE com a América, o que pode "ajudar a compreender os avanços dos últimos anos e a detetar aspetos que melhorem e sirvam de guia para a melhoria de acordos e das futuras relações entre os dois continentes".