Partiu novo contingente militar para a República Centro Africana
O grosso do segundo contingente militar português na República Centro Africana (RCA) deixou Lisboa na madrugada desta segunda-feira, informaram fontes militares.
Os 138 efetivos vão juntar-se aos 21 do destacamento avançado que estão em Bangui há alguns dias, para os quais já foi feita a transferência de autoridade (TOA) da primeira Força Nacional Destacada (FND) naquele país africano, adiantou uma das fontes ouvidas pelo DN.
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A primeira força, enviada em janeiro para a RCA sob o comando do tenente-coronel Musa Paulino, chega a Lisboa ao fim da tarde desta segunda-feira, anunciou o Estado-Maior General das Forças Armadas.
O novo contingente comandado pelo tenente-coronel Alexandre Varino, maioritariamente composto por militares comandos e com três controladores aéreos táticos da Força Aérea, partiu com mais de um mês de atraso porque seis dos seus elementos tiveram de ser substituídos devido a regras da ONU.
Esses seis militares comandos - três oficiais, dois sargentos e uma praça - estão acusados da morte de dois recrutas no curso iniciado em setembro de 2016 e as normas da ONU, relativas à certificação das forças de capacetes azuis, não permitem a sua presença nos seus contingentes.
Nesse documento, datado de janeiro de 2016, a organização "pede que os governos dos Estados membros certifiquem, por escrito, que nenhum dos militares destacados ou a destacar" para as operações de paz da ONU "tenham estado envolvidos" em casos envolvendo ofensas criminais, "incluindo de natureza sexual".
A orientação da ONU abrange também os militares que "tenham sido condenados, ou estejam presentemente sob investigação ou sejam acusados por qualquer ofensa criminal".