Parlamento iraquiano falha terceira tentativa de eleger um presidente

É a terceira vez que o Parlamento iraquiano falha a eleição de um presidente do país devido a sabotagens. O Tribunal Federal dá até dia 6 de abril para ser definido um chefe de Estado do Iraque.
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O Parlamento iraquiano falhou a terceira tentativa de eleger o presidente do país, nesta quarta-feira (30), devido a uma sabotagem de uma coligação xiita, afirmam fontes parlamentares.

"A Assembleia adiou a sessão até nova ordem", confirmou o departamento de comunicação do Parlamento.

O sucessivo fracasso do parlamento em selecionar um presidente após as eleições legislativas de outubro passado reflete um profundo cisma entre grupos políticos xiitas.

Ainda não foi revelada a data para uma quarta tentativa para as eleições, mas o Tribunal Federal deu até dia 6 de abril para ser definido um chefe de Estado no Iraque. Após dia 6, a Constituição não menciona qualquer alternativa.

Uma fonte parlamentar declarou à AFP que dos 329 deputados, apenas 178 estavam presentes na sessão desta quarta-feira, o que privou a Assembleia de um total de dois terços necessários para a votação.

Seis meses depois das eleições legislativas antecipadas de outubro de 2021, o Iraque não conseguiu escolher presidente nem primeiro-ministro. A designação do segundo depende da eleição do primeiro.

Os legisladores devem escolher o chefe de Estado que, por sua vez, nomeia o chefe de Governo.

Há 40 candidatos na eleição presidencial. O vencedor precisa alcançar pelo menos dois terços dos votos.

Como nas primeiras duas tentativas, de 7 de fevereiro e de 26 de março, o bloco xiita sabotou a eleição.

O bloco xiita, que inclui o ex-primeiro-ministro Nuri al-Maliki e a Aliança da Conquista pró-iraniana, espera bloquear o caminho para o líder Moqtada Sadr, também xiita.

Grande vencedor das legislativas de outubro, Sadr formou uma coligação com os partidos sunitas e o Partido Democrático do Curdistão, com um total de 155 das 329 cadeiras do parlamento.

Sadr apoia Rebar Ahmed como presidente e espera que o cargo de primeiro-ministro seja assumido pelo seu primo e cunhado Jaafar al Sadr.

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