Os três regulamentos relativos à utilização do SIS dizem respeito à cooperação policial e judiciária em matéria penal, aos controlos das fronteiras, sobre os quais o eurodeputado Carlos Coelho (PSD) é relator, e ao regresso dos nacionais de países terceiros em situação irregular. ."O impacto desta reforma é profundo. O novo Sistema de Informação de Schengen vai mudar a forma como as autoridades de polícia e de fronteira partilham informação na Europa. Não precisamos de mais informação, precisamos de melhor informação", disse Carlos Coelho no debate em plenário. .O eurodeputado português explicou que a legislação "adapta o sistema aos desafios colocados pela migração, responde às novas ameaças do terrorismo e da criminalidade organizada, tira proveito dos desenvolvimentos tecnológicos e reforça o respeito pelos direitos fundamentais, em particular a proteção de dados".."O SIS já é o maior, mais eficaz e mais utilizado sistema de informação da Europa. Reformar o Sistema de Informação Schengen é necessário para reforçar a segurança das nossas fronteiras, proteger melhor os nossos cidadãos e defender a livre circulação. É isso que faz o novo SIS", afirmou Carlos Coelho, que é relator permanente do PE para esta matéria desde 2005..As novas regras, já acordadas com os Estados-Membros, vêm colmatar algumas lacunas e dar resposta a novas necessidades, prevendo a criação de novas categorias de indicações (alertas) no SIS para reforçar a segurança interna..Uma das novidades diz respeito à introdução no SIS de "indicações preventivas" para as crianças que correm risco de rapto parental e para crianças e pessoas vulneráveis em risco de serem sujeitas a casamentos forçados, mutilação genital feminina ou tráfico de seres humanos..Com a reforma hoje aprovada, passarão também a ser introduzidas no sistema indicações relativas a pessoas desconhecidas procuradas, incluindo impressões digitais ou impressões palmares encontradas em locais de atentados terroristas ou de crimes graves, e será obrigatória a inserção de indicações relativas às proibições de entrada de nacionais de países terceiros nas fronteiras externas..As novas regras permitem a inclusão de um perfil de ADN para facilitar a identificação de pessoas desaparecidas nos casos em que não estejam disponíveis impressões digitais, fotografias ou imagens faciais ou em que estas não sejam adequadas para efeitos de identificação..A Europol poderá ainda aceder a todas as categorias de dados do SIS e proceder ao intercâmbio de informações suplementares com os gabinetes SIRENE nos Estados-Membros, com a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira a poder igualmente ter acesso às categorias de indicações no SIS..A implementação desta reforma inicia-se já no início do próximo ano..Os relatórios de Carlos Coelho foram aprovados em sessão plenária, em Estrasburgo, com 555 votos a favor e apenas 67 votos contra..O SIS é pesquisado 13 milhões de vezes por dia, tem 85 milhões de alertas e dois milhões de utilizadores..Nos últimos anos, já permitiu deter 50.000 pessoas perigosas, localizar 200.000 em processos criminais e 28.000 pessoas desaparecidas.