Parlamento catalão defende "legitimidade" de Puigdemont

Moção do Junts per Catalunya foi aprovada pela maioria independentista. Defende o resultado do referendo, mas não ratifica a declaração unilateral de independência
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O Parlamento catalão adotou hoje uma moção que denuncia a "deriva autoritária" do Estado espanhol e defende a "legitimidade" do independentista Carles Puigdemont, ex-presidente da Generalitat destituído de forma "ilegal e ilegítma" por Madrid.

A moção, adotada com 68 votos a favor e 8 contra no primeiro dia de trabalhos do Parlamento catalão após as eleições de 21 de dezembro, reitera que a maioria parlamentar é "favorável" à "constituição de uma Catalunha enquanto estado independente" e defende Puigdemont como "candidato legítimo do parlamento à presidência da Generalitat".

As formações ditas constitucionalistas, isto é, Ciudadanos, socialistas e PP, não participaram na votação.

O texto evita contudo desafiar abertamente o Estado espanhol e, ao contrário do que a Candidatura de Unidade Popular (CUP, radicais) defendia inicialmente, não ratifica a declaração de independência aprovada a 27 de outubro. Apoi contudo o "referendo de autodeterminação" de 1 de outubro.

Apenas diz desejar que o fim das "ingerências" do Estado e do Tribunal Constitucional que visam travar a "vontade democrática" dos catalães de investir Puigdemont. Contudo, o texto não insiste na investidura do ex-presidente, que está em Bruxelas para evitar a justiça espanhola.

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