Parlamento aprova dois votos de pesar por Fidel Castro
Ambos os textos provocaram divisões no PS e no PSD e ainda no CDS (no voto apresentado pelo PS).
Genericamente, o voto do PCP passou com os votos do proponentes, do PEV, e do Bloco de Esquerda. O PAN, o PS e PSD abstiveram-se - embora nestas duas últimas bancadas tenham surgido votos diferentes do sentido oficial - e o CDS votou contra.
Já o voto apresentado pelos socialistas passou com toda a esquerda a favor (mas, mais uma vez, registando-se divisões na bancada proponente), a abstenção do PSD, do PAN, de quatro deputados do CDS e de um do PS, e os votos contra do CDS e de quatro deputados do PSD.
No voto do PCP, Fidel Castro é apresentado como uma "personalidade cuja dimensão foi universalmente reconhecida, não apenas pelos que partilham do seu ideal e projeto de construção de uma sociedade mais justa e solidária mas também pelos mais diversos estadistas e dirigentes ao nível mundial".
Segundo os comunistas, "tornou-se uma referência incontornável para os povos da América Latina" e foi "um amigo do povo português".
Já o voto do PS, reconhece que a obra política do líder cubano é hoje alvo de "intenso e apaixonado debate entre os que aderem e os que se opõem ao seu percurso ideológico e político", vislumbrando-se atualmente "caminhos abertos" que "podem contribuir para um futuro de progresso e aprofundamento dos direitos fundamentais de todos os cubanos".