Paracetamol pode não ser melhor que um placebo em muitos casos

Estudo da Universidade de Syndey concluiu, com base nos testes clínicos, só em quatro casos é que o uso deste medicamento se revelou eficaz no alívio da dor. Na maioria dos casos, os resultados dos testes clínicos são de fraca qualidade ou inconclusivos.
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Osteoartrose do joelho e da anca, craniotomia, cefaleia de tensão ou dor perineal no pós-parto. Estes são os únicos casos em que o uso de paracetamol se revelou verdadeiramente eficaz no alívio da dor, segundo um estudo de investigadores da Universidade de Sydney. Na maioria dos casos, o seu uso poderá não ser melhor do que o de um placebo.

De acordo com o jornal australiano The Age, os investigadores analisaram os dados dos estudos feitos ao uso de paracetamol para aliviar a dor em 44 casos diferentes. Na grande maioria dos casos, incluindo enxaquecas, dores abdominais, dores de costas ou uma constipação, os resultados que apoiam o uso do medicamento são de fraca qualidade ou inconclusivos.

"Queremos que as pessoas tenham acesso oportuno a um tratamento adequado e, se sabemos que algo não vai funcionar, é importante que o público saiba disso para não perder tempo com tratamentos ineficazes e com dores nas costas, sabemos que é o caso", disse ao jornal a principal autora do estudo, Christina Abdel Shaheed.

Os autores do estudo concluem que são necessários testes clínicos mais alargados para garantir a eficácia do paracetamol no tratamento das dores comuns, lembrando que devido à incerteza, e uma vez que ainda é recomendado pela Organização Mundial de Saúde no alívio de vários tipos de dor, este deve continuar a ser usado.

Um segundo estudo está a ser feito em relação à eficácia do paracetamol em baixar a febre.

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