Papandreou pode ser sucedido por alguém de sua confiança

Exigências de última hora do principal candidato ao cargo de novo primeiro-ministro da Grécia parecem estar a comprometer a escolha de Loukas Papademos, o primeiro nome sugerido pelo ainda chefe do executivo, George Papandreou.
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O nome que agora surge como mais provável para liderar o governo de coligação entre o Partido Socialista (PASOK) e a Nova Democracia (ND, direita), na sequência do acordo político de domingo, é Nikiforos Diamandouros, professor de Ciência Política que foi designado em 2003 Ombudsman europeu, também proposto por Papandreou.

Apontado pela generalidade dos analistas e dos media como o sucessor de Papandreou, o ex-governador do Banco Central da Grécia e ex-vice-presidente do Banco Central Europeu regressou hoje a Atenas após uma viagem ao estrangeiro e terá imposto condições difíceis de aceitar pelos líderes partidários.

Papademos exige que o novo governo seja um "governo efectivo" e não apenas um frágil executivo de transição, exige o apoio inequívoco do PASOK e Nova Democracia, e quer ainda ter capacidade de decisão sobre a composição, o programa, a agenda e a duração do governo, apesar de eleições estarem já previstas para 19 de Fevereiro de 2012.

De acordo com diversas fontes em Atenas, Papademos recusou a proposta de eleições antecipadas para 19 de Fevereiro, uma data anunciada esta manhã pelo ministério das Finanças grego, considerando que é um prazo demasiado curto para aplicar as medidas que considera necessárias num país em profunda crise e dependente dos credores internacionais.

Stravos Dimas, ex-comissário europeu para o ambiente entre 2004 e 2009 e vice-presidente da ND, tem sido apontado como um terceiro candidato, proposto pelo líder dos conservadores Antonis Samaras, mas com poucas perspectivas de ocupar o cargo.

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