No documento, intitulado "Maiorem hac dilectionem" (Amor Maior), o papa defende que, a partir de agora, poderá abrir-se um processo de beatificação para aqueles que, "com a intenção de seguir o Senhor, movidos pela caridade, ofereceram heroicamente a sua vida pelo próximo, aceitando livre e voluntariamente uma morte certa e prematura"..Até agora, para se iniciar um processo de beatificação era necessário que a pessoa fosse um exemplo de "martírio", tivesse exercido "virtudes heroicas" ou pelas chamadas "Casus excepit" ou "beatificação equivalente"..A carta apostólica explica que para a "oferta de vida" ser válida para a beatificação tem que provar-se a aceitação de uma morte certa e prematura pela caridade, as virtudes cristãs e "a existência de fama de santidade, pelo menos, após a morte"..Para a pessoa a ser beatificada também necessita da comprovação de dois "milagres" realizados após a morte por sua intercessão.."É verdade que a oferta heroica da vida, sugerida e sustentada pela caridade, expressa uma verdadeira, plena e exemplar imitação de Cristo e, portanto, é merecedora da admiração que a comunidade dos fiéis normalmente reserva para aqueles que aceitaram voluntariamente o martírio de sangue ou exerceram as virtudes cristãs em grau heroico", afirma o papa Francisco no documento.