Paolo Gentiloni, ministro cessante dos Negócios Estrangeiros, convidado a formar governo em Itália

Presidente italiano escolheu antigo ministro dos Negócios Estrangeiros para substituir Renzi
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Paolo Gentiloni foi convidado este domingo pelo presidente italiano, Sergio Mattarella, para assumir o cargo de primeiro-ministro de Itália,

Gentiloni era ministro dos Negócios Estrangeiros no governo de Matteo Renzi, que se demitiu depois da vitória do Não no referendo à reforma constitucional, que decorreu no passado domingo. Aos 62 anos, Gentiloni é um elemento chave no Partido Democrático de Renzi.

"Uma grande honra. Procurarei executar esta tarefa com dignidade", respondeu Gentiloni, citado pela imprensa italiana, comentado o convite do presidente, que diz ter aceitado "com reserva". Para o novo governo, tem um objetivo claro, sublinhou num discurso breve: "Acompanhar e, se possível, facilitar o percurso das forças parlamentares para chegar a novas regras eleitorais". E acrescentou: "Não por escolha, mas por sentido de responsabilidade, mover-nos-emos no quadro do governo e da maioria que termina", disse, referindo-se à recusa da oposição em formar um governo de união nacional até às próximas eleições. O novo executivo, referiu ainda Gentiloni, procurará enfrentar "as prioridades internacionais, económicas, sociais, a começar pela reconstrução das zonas atingidas pelo terramoto".

Recorde-se que Itália tem iminente uma crise no sector bancário, enfrentando ainda as consequências de uma série de terramotos que sacudiram o país nos últimos meses - o mais recente tendo ocorrido no mês de outubro.

O presidente italiano, Sergio Mattarella, já tinha revelado sábado que anunciaria "nas próximas horas" uma solução para a crise política no país, depois de uma ronda de consultas com os vários partidos.

No domingo passado, os italianos chumbaram com 59,95% dos votos a reforma constitucional proposta pelo primeiro-ministro Matteo Renzi - que se demitiu na quarta-feira, após a aprovação do orçamento de Estado para 2017 pelo Parlamento. Segundo Renzi, a reforma pretendia modernizar o país, reduzir os custos da política, agilizar o processo legislativo e facilitar a estabilidade política.

Gentiloni foi o governante indicado pelo primeiro-ministro cessante para lhe suceder.

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