Países do sul da Europa querem negociações faseadas

Desejam ainda que sejam "preservados os interesses" dos 27
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Os países do Sul da UE (Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia, Malta e Chipre) reafirmaram esta segunda-feira que as negociações para a saída do Reino Unido da União devem ter "uma abordagem faseada" e "preservando os interesses" dos 27.

"Reafirmamos a importância de manter a unidade dos 27 e de preservar os interesses da União Europeia nas negociações, que se devem basear numa abordagem faseada", indica um dos pontos da declaração conjunta dos sete países, divulgada no final de uma cimeira em Madrid.

A referência à "abordagem faseada" constitui uma resposta negativa ao apelo feito pelo governo do Reino Unido na carta de ativação do "Brexit", a 29 de março, na qual Theresa May pedia que as negociações para a saída decorressem em paralelo com negociações para uma parceria especial [especialmente comercial e económica] com o bloco europeu.

A última frase do ponto 4 da declaração conjunta reforça essa ideia, remetendo uma eventual parceria UE-Reino Unido para o "futuro".

"No futuro, esperamos ter o Reino Unido como um parceiro próximo da UE", indicam os países do sul.

Por outro lado, os sete países do Sul da UE recordam o aproximar "do início das negociações" e "sublinham a importância dos princípios comuns que os 27 acordaram na declaração de 29 de junho de 2016 e de 15 de dezembro de 2016", acrescentando que lamentam a decisão do Reino Unido, mas respeitam.

Por outro lado, os países reunidos na cimeira de hoje em Madrid reiteram o seu "apoio e confiança" no negociador designado pela UE, o francês Michel Barnier.

Os chefes de Estado ou de Governo dos sete países do sul da Europa reuniram-se hoje em Madrid, tendo como principais temas em agenda o futuro da União Europeia e o processo de saída do Reino Unido (Brexit).

Mariano Rajoy (Espanha) foi o anfitrião dos presidentes François Hollande (França) e Nikos Anastasiades (Chipre) e dos primeiros-ministros António Costa (Portugal), Paolo Gentiloni (Itália), Alexis Tsipras (Grécia) e Joseph Muscat (Malta).

A Cimeira de Madrid consistiu num almoço de trabalho no Palácio do Pardo, sendo seguida pelas habituais declarações dos líderes à imprensa.

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