Pais saúdam professores que permitiram exames sem sobressaltos

A Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) saudou o esforço dos professores e auxiliares que conseguiram que a prova do 4º ano corresse hoje sem sobressaltos, apontando apenas alguns "erros" a corrigir.
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Em declarações à agência Lusa Rui Martins, da CNIPE, aplaudiu o "esforço dos profissionais de educação": "As informações que temos e o que pudemos verificar até este momento é que correu tudo bem", resumiu.

Os encarregados de educação vinham criticando a opção do Ministério da Educação e Ciência (MEC) de realizar os exames do 4º ano fora das escolas onde os alunos têm habitualmente aulas, por aumentar o stress nos estudantes e poder trazer mais dificuldades no seu transporte.

Rui Martins sublinhou hoje o esforço dos profissionais para tentar minimizar o impacto dessa decisão.

A CNIPE defendeu, no entanto, que existem "alguns erros e atropelos que se devem evitar nos próximos anos": a deslocalização das crianças das suas escolas, "que ainda por cima impede que muitas outras tenham aulas, é uma das medidas que não se deveria voltar a repetir".

"Houve crianças que tiveram de fazer viagens de 23 ou 30 quilómetros, o que os obrigou a levantarem-se muito mais cedo. Se já estão em stress, este tipo de situações ainda agrava mais. Nos próximos anos, as crianças devem fazer os exames nas suas escolas", defendeu Rui Martins.

Hoje, a maioria dos alunos do 4º ano realizou a prova de Português numa escola que não a sua. Na sexta-feira, os cerca de 107 mil finalistas do 1º ciclo do ensino básico voltam a prestar provas, desta vez a Matemática.

Os exames de hoje foram vigiados por cerca de 10 mil professores. As provas que os finalistas realizam esta semana terão um peso de 25% na nota final. No próximo ano, o peso dos exames será de 30%.

As provas deverão ser corrigidas por cerca de sete mil professores e os resultados serão conhecidos a 12 de junho. Os que não conseguirem atingir os objetivos terão aulas de recuperação.

O objetivo é permitir a estes alunos um acompanhamento mais individualizado durante esse período, de forma a conseguir a aprovação na segunda fase das provas, que se realizam entre 09 e 12 de julho.

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