Pai Natal
Olá, Pai Natal! Porque por estas bandas as coisas andam muito tensas entre o Presidente e o primeiro-ministro, queria pedir-te um presidente novo - se não puder ser antes, lá para 2011. Este já está um bocado seco. Eu explico. Notou-se pelos cumprimentos de Natal ao Governo que ele até se esqueceu de desejar sucessos patrimoniais. Foi um bocado curto e sem ênfase. Pelo que tenho lido e visto na TV o Presidente gosta mesmo é de afagar crianças que oferecem um pequeno bouquet à primeira dama e aconselhar os portugueses a crescer e multiplicar-se.
Então, pergunto eu: e com que tipo de rendimentos? Todos sabemos, e falando da quase extinta classe média, que quem já tem um filho sua as estopinhas para lhe proporcionar comida, roupinha e escolaridade.
Sei que não devia ser mazinha nesta quadra tão profícua em palmadinhas nas costas, mas a verdade é que quem tiver uma avantajada prole terá de apertar o estômago e nem pensar em estudar.
Como este Presidente já não tem o comportamento amistoso a que Sócrates se referiu anos atrás, talvez um novo presidente mais cônscio da nossa pobre realidade desse um certo jeito, e que me desculpem aqueles que ainda o defendem com unhas e dentes.