Pai de aluno agredido diz que Pupilos do Exército recusam dar boletim de transferência

O Instituto dos Pupilos do Exército (IPE) recusou dar, ao pai de um aluno agredido a 4 de dezembro, o boletim de transferência para outra escola pública.
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A informação foi dada esta terça-feira por aquele pai ao DN, que não conseguiu obter um comentário do Exército.

O Exército tem em curso um inquérito para apurar as circunstâncias em que pelo menos três alunos de 10 e 11 anos do IPE foram espancados por dois estudantes graduados na casa dos 16, 17 anos.

A recusa daquele colégio militar de ensino foi transmitida na segunda-feira, dia em que aquela criança - cujos pais decidiram retirá-lo do IPE e colocá-lo numa escola pública civil, sendo necessários os documentos do instituto para formalizar a transferência - foi ouvida no âmbito do referido inquérito.

O pai do aluno, que se escusou a falar sobre o inquérito, apresentou queixa na PJ e levou o filho ao Instituto de Medicina Legal para recolha de provas forenses.

O encarregado de educação adiantou ao DN, contudo, ter escrito hoje ao diretor do IPE para "mais uma vez" pedir que lhe seja devolvido o material escolar, livros e enxoval que foram destruídos ou roubados do cacifo do filho.

Este pai requereu também hoje, ao diretor de turma, informações sobre a nota negativa que o filho teve a Matemática no final do primeiro período depois de lhe ter sido dito que a criança - impossibilitada de fazer o teste da disciplina marcado para depois das agressões, que lhe daria a possibilidade de melhorar os resultados - não necessitaria de o realizar noutra data.

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