Pacemaker minúsculo e sem fios prestes a ser usado
O aparelho foi desenvolvido pela empresa norte-americana Namostin, que acaba de ser comprada pala St Jude Medical por 123,5 milhões de dólares. O negócio envolve este pacemaker, que, acreditam os especialistas, poderá revolucionar por completo a medicina cardiovascular.
Este pacemaker tem apenas 10% do tamanho de um pacemaker convencional e uma bateria incorporada que pode durar entre 9 e 13 anos. Ao contrário do pacemaker que é utilizado na atualidade, este novo aparelho não tem fios, reduzindo o risco de infeção e eliminando praticamente os limites à existência de atividade física por parte do doente.
Além disso, enquanto que para implantar os pacemakers atuais é necessário recorrer a uma intervenção cirúrgica com recurso a corte, para o novo aparelho bastará introduzi-lo através de um cateter na zona da virilha numa intervenção com cerca de meia hora de duração. O paciente, além de ficar sem cicatrizes, recupera muito mais rapidamente desse procedimento.
O entusiasmo dos especialistas envolvidos no desenvolvimento do aparelho é contrabalançado com alguma cautela da parte de outros peritos, que defendem que é necessário estudar melhor o procedimento e as complicações que poderão ou não surgir em caso de necessidade de substituição.
Nos Estados Unidos, ainda não há autorização para utilizar este pacemaker, mas, segundo a BBC, na União Europeia este já está autorizado e brevemente poderá começar a ser implantado.
O primeiro pacemaker foi implantado em 1958 e atualmente estima-se que cerca de quatro milhões de pessoas em todo o mundo tenham algum género de aparelho regulador do ritmo cardíaco.