Ossos e carcaças. O negócio que anima a despesa pública em 2019
Nem só de grandes obras - como a construção de ferrovia e as ligações de mercadorias a Espanha - vive a despesa pública. A contratação junto de empresas privadas, sobretudo via concursos públicos, que é a modalidade mais importante, está no momento mais dinâmico de que há registos.
A adjudicação de um contrato de 36 milhões de euros pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (tutela do Ministério da Agricultura) para recolha de animais como bovinos, suínos, caprinos, ovinos que morreram em explorações pecuárias ou fora delas (animais abandonados) e o seu respetivo "transporte e eliminação", veio dar mais um grande impulso aos números do terceiro trimestre. Foi assinado em julho último.
Recorde-se que, no segundo trimestre (abril a junho), os concursos públicos registaram o valor mais alto das séries do Portal Base (um década, remontam a agosto de 2009), que é gerido pelo Instituto dos Mercados Públicos. Segundo esta fonte oficial, o Estados e outros organismos públicos contrataram com privados quase 914 milhões de euros em aquisição de serviços e obras públicas.
O referido contrato do Ministério da Agricultura e é o quinto maior concurso público deste ano (em valor) e o 16º maior de sempre.