Os Verdes insistem em moção de rejeição

Partido ecologista considera que constituição do Governo proposta demonstra vontade de prosseguir a mesma lógica política
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O partido "Os Verdes" lamentou hoje a "vontade" de PSD e CDS-PP em prosseguirem a "lógica política" dos últimos quatro anos com o novo governo, reiterando os ecologistas a defesa de uma moção de rejeição ao programa do Governo.

"Os Verdes consideram que a constituição do Governo proposta por Pedro Passos Coelho demonstra uma efetiva vontade de continuação de toda a lógica política prosseguida nos últimos quatro anos. A generalidade dos ministros mantém-se e aqueles cujo nome é proposto pela primeira vez garantem a continuidade dessas políticas", diz o partido - que concorreu às legislativas coligado com o PCP - em nota enviada às redações.

A nota do partido "Os Verdes" surge depois de o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, ter dado hoje o seu acordo à proposta de constituição do XX Governo Constitucional apresentada pelo primeiro-ministro indigitado, Pedro Passos Coelho, estando a tomada de posse marcada para sexta-feira às 12:00.

Para os ecologistas, e apesar do anúncio da composição do Governo e da sua tomada de posse, a Assembleia da República terá da parte de "Os Verdes" o apoio para uma moção de rejeição ao programa do Governo, "confirmando a coerência" do partido "relativamente à rejeição de políticas cruéis para o país e dando expressão aos resultados das últimas eleições legislativas".

"Os Verdes" salientam ainda a proposta de continuação de Jorge Moreira da Silva à frente do Ministério do Ambiente, assinalando que o social-democrata "acentuou uma diretriz na política do ambiente virada para o serviço aos grandes grupos económicos e conviveu bem com o desinvestimento público na área do ambiente".

No novo executivo, composto por 16 ministros, há oito repetentes e oito novos ministros, sendo as 'caras novas' João Calvão da Silva, para a Administração Interna, Fernando Negrão, para a Justiça, Miguel Morais Leitão, para a Economia, Fernando Leal da Costa, para a Saúde, Margarida Mano, para a Educação e Ciência, Rui Melo Medeiros, para a Modernização Administrativa, Teresa Morais, para a Cultura, Igualdade e Cidadania, e Carlos Costa Neves, para os Assuntos Parlamentares.

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